terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Índia lança versão local do Bolsa Família

Programa ambicioso esbarra em falta de acesso a bancos

NOVA DÉLHI. A Índia lançou ontem o piloto de um programa social — inspirado no Bolsa Família do governo brasileiro — que pretende distribuir bilhões de dólares diretamente aos pobres, deixando de lado os intermediários usados em iniciativas anteriores que acabavam desviando o dinheiro.

Inicialmente, o programa atenderá 200 mil pessoas em 20 dos 640 distritos do país onde há cerca de 440 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza. O dinheiro será depositado diretamente na conta dos beneficiários, que terão que provar sua identidade por checagem biométrica de retinas e impressões digitais.

O ministro das Finanças, P. Chidanbaram, descreveu o programa como "nada menos do que mágico", mas críticos acusaram o governo de dar um passo maior do que as pernas num país onde grande parte da população não está inserida no sistema bancário. Além disso, o partido de oposição Bharatiya Janata acusou o Partido do Congresso de estar lançando o programa com fins eleitoreiros rumo à escolha de novos governantes em 2014.

— Num novo experimento gigantesco como este, nós podemos esperar alguns escorregões. Pode haver algum problema aqui ou ali, mas eles serão superados pelo nosso povo. É preciso ter paciência, porque essa é uma medida revolucionária para a governança da Índia — afirmou Chindambaram ontem, no lançamento da iniciativa.

PROJETO DE IDENTIFICAÇÃO

O governo indiano disse que inicialmente a verba do programa virá de dinheiro que seria gasto em outros programas sociais, como a concessão de bolsas de estudo. A longo prazo, a exemplo do Bolsa Família, a ideia é unificar todos os programas sociais.

Para eliminar os intermediários — funcionários de governos regionais que são acusados de desviar recursos dos programas sociais para o próprio bolso por meio de fraudes de cadastro —, o governo está usando dados do projeto Aadhar, que tem o objetivo de dar à população do país um número de identificação ligado a impressões digitais e de retina. Centenas de milhões de indianos hoje não possuem nenhum tipo de documento.

CRÍTICA DE INTELECTUAIS

Anteontem, 208 ativistas e intelectuais publicaram uma carta aberta acusando o governo de forçar os pobres a se inscreverem no Aadhar sem ter um esquema de segurança adequado para proteger a privacidade deles. Eles também expressaram o temor de que o governo esteja dando os primeiros passos para abandonar o sistema de distribuição de comida aos pobres, o maior programa do tipo no mundo.

"Serviços essenciais não são o campo adequado para a experimentação de uma tecnologia incerta e altamente centralizada", escreveram os manifestantes na carta aberta.

Mihir Shah, integrante da Comissão de Planejamento da Índia, admite que há muito trabalho a ser feito antes que o programa piloto possa se transformar numa realidade para todo o país. O esforço de identificação tem de atingir a maioria dos pobres da Índia, e as vilas do interior precisam ser equipadas com infraestrutura bancária e acesso à internet, hoje uma raridade.

— Vai levar tempo, e só vai acontecer quando for possível. Mas se há um horizonte que nos obriga a consertar as lacunas que atualmente impedem a transferência direta de dinheiro para os pobres, então estamos caminhando na direção certa — disse Shah.

(O Globo)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Iluminação pública inteligente reduz o consumo e melhora a qualidade

A Avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona sul de São Paulo, é a primeira via do Brasil a ter iluminação pública com controle a distância. Desde o início de dezembro, a programação das 330 luminárias de LED instaladas em um trecho de 2,5 km é feita pela internet a partir de qualquer computador conectado a um sistema inteligente contratado pela Prefeitura com o objetivo de reduzir o consumo.

O projeto, ainda em fase inicial, custou R$ 3,9 milhões e deve ser levado a partir do ano que vem às Avenidas Presidente Juscelino Kubitschek e Hélio Pellegrino. A expectativa é de que, se aprovado pela futura gestão Fernando Haddad (PT), o modelo inspirado na tecnologia utilizada em países europeus como França, Inglaterra e Suíça seja ampliado para outras regiões da cidade. Hoje, a modernização da iluminação pública em São Paulo é de 3% a 6% ao ano.

Desenvolvido pela Phillips, o sistema City Touch tem capacidade para programar a iluminação de forma indeterminada ou alterá-la para novas necessidades. "É possível ligar e desligar as luminárias ou ainda aumentar e reduzir a intensidade das lâmpadas. Tudo isso de acordo com o dia da semana, o horário ou as características de uso", explica Flávio Guimarães, diretor da área de iluminação da empresa.

O controle é possível a partir da instalação de antenas que se comunicam via wireless (rede sem fio) e transmitem todo tipo de informação, como tempo de uso e consumo de energia. O sistema funciona como uma espécie de Google Maps. Quem tem acesso a ele sabe os detalhes de cada luminária, podendo calcular até a troca de lâmpadas e os demais serviços de manutenção. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Controle político da internet, NAO!

Guerra fria digital

Uma “cortina de ferro” pode estar sendo baixada para dividir a internet em duas – a aberta e a fechada. Essa perspectiva sombria, que lembra o cenário da guerra fria, inclusive com os mesmos protagonistas, surgiu como resultado da recém-encerrada conferência da União Internacional de Telecomunicações (UIT), órgão da ONU, realizada em Dubai.

Dos 144 países com direito a voto, 89 aprovaram um novo tratado sobre os ITRs, como são chamados, na sigla em inglês, os regulamentos internacionais de telecomunicação. Os Estados Unidos, seguidos de todos os países da Europa, além de Canadá e Japão, recusaram-se a assinar o documento, sob a alegação de que ele confere aos governos o poder de interferir no livre fluxo de informações na internet. Do lado dos que firmaram o texto estão Rússia e China, além do Irã e de países árabes, todos interessados em impor alguma limitação à web.

O Brasil alinhou-se a esse grupo, com a justificativa, segundo o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), de que o novo acordo é uma forma de combater o “monopólio” dos Estados Unidos em relação à governança da internet.

É uma referência ao fato de que o governo americano integra as instâncias decisórias na Icann (Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números), entidade privada sediada na Califórnia cuja função básica, desde 1998, é administrar os domínios da rede no mundo todo, algo essencial a seu funcionamento, mas que não exerce controle nenhum sobre o tráfego de dados na internet.

Já os acordos resultantes da conferência de Dubai, ao abrigarem uma resolução que cita a internet, na prática abrem caminho para que a UIT, uma organização intergovernamental, tenha condições de regulamentar a web.

Trata-se de uma distorção, porque a UIT é responsável por normatizar os serviços de telecomunicações, e a internet não é se não apenas um cliente desses serviços. Um exemplo desse problema é a parte da resolução que aborda o chamado “spam”, isto é, a mensagem eletrônica não solicitada, enviada em massa. Para os opositores do acordo, a definição do que é um spam, se deixada aos governos, será sempre arbitrária e muito possivelmente contrária à liberdade de expressão. Além disso, uma UIT com mais poder sobre a internet seria muito útil para as grandes empresas de telecomunicações interessadas em participar das novas formas de ganhos com a web.

Por outro lado, uma vez que deixem de ser apenas meio de transmissão e passem a ter influência sobre o tráfego de dados, essas empresas poderão romper a neutralidade da rede, impondo tarifas diferenciadas para cada tipo de serviço. Tais pedágios contrariam os princípios de igualdade da internet.

Não se discute que os governos devem agir para garantir a segurança, a proteção de dados e o respeito à propriedade intelectual na internet. No mais, a atuação deve ser indireta, tal como no sistema adotado pelo Brasil, em que o Comitê Gestor da internet, do qual o governo é apenas uma parte, serve como órgão consultivo sobre a web, sem ter qualquer poder executivo sobre ela. Além disso, desde 1995 a internet está formalmente fora da Lei Geral de Telecomunicações, sendo considerada apenas um “serviço de valor adicionado”. É justamente a ausência de controles oficiais que torna a internet dinâmica, capaz de inovar continuamente, e o modelo brasileiro está entre os melhores do mundo para mantê-la assim.

Contudo, a título de tirar dos Estados Unidos o suposto controle político da internet, países com tradição autoritária tentam legitimar internacionalmente um controle do tráfego de informações na web. O resultado é que a própria UIT, entidade que interfere em questões básicas das telecomunicações, como a coordenação de recursos de telefonia e do uso do espectro de radiofrequência, sairá enfraquecida desse confronto, algo que não aconteceu nem durante a guerra fria propriamente dita. E o governo brasileiro, movido por seu eterno objetivo ideológico de se contrapor aos Estados Unidos, assinou o tratado e aprovou a resolução sobre a internet sem reservas, legitimando esse atentado.

(Estadão)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

TV paga via fibra óptica ajuda a expandir web

Oi lança IPTV e banda larga de até 200 mega para Zona Sul e Barra

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse ontem que a TV por assinatura através das redes de fibra óptica das operadoras de telefonia, o chamado IPTV, permitirá a expansão da internet no país e o aumento da velocidade de conexão. A afirmação foi feita no lançamento dos novos pacotes de TV da Oi, que permitirão vídeo sob demanda e banda larga de até 200 megabytes por segundo (Mbps).

- Desde o ano passado, nós nos esforçamos para esse segmento andar mais rápido nas telecomunicações. Por isso, (o IPTV) vai permitir a expansão da internet no país. Ano que vem, vamos ter um plano de universalização de internet - disse. - E essas ofertas vão gerar ajustes nos preços de hoje.

O novo serviço de TV da Oi levará fibra óptica até a casa do cliente e está sendo lançado inicialmente na Zona Sul do Rio e na Barra da Tijuca. Segundo Francisco Valim, presidente da Oi, o cliente poderá contratar também internet banda larga de até 200 Mbps e telefonia fixa de forma combinada a partir de janeiro.

O IPTV da Oi faz parte dos investimentos em rede da empresa, que, neste ano, totalizarão cerca de R$ 4,5 bilhões. Paulo Bernando lembrou ainda que os investimentos das teles em 2012 devem ficar perto de R$ 24 bilhões, contra R$ 21,7 bilhões de 2011. Em 2013, devem ser ainda maiores.

Já a Net anunciou ontem a ampliação da cobertura da empresa para 44 novos municípios (oito no Rio) a partir de 1º de janeiro. Hoje, a empresa opera em cem cidades. A expansão, segundo a Net, é graças à nova Lei do Serviço de Acesso Condicionado.

(Valor)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

SUS é exemplo da inversão de papéis entre os Poderes da República

Editorial da Folha de hoje:

Remédio amargo

Ações na Justiça para obrigar governo a custear tratamentos exorbitantes tiram verbas do atendimento a quem depende só do SUS

Não para de crescer a conta do que se convencionou chamar de judicialização da saúde, a iniciativa de pacientes de acionar o poder público para obter tratamentos que não fazem parte do rol do SUS.

De janeiro a outubro deste ano, o governo federal gastou R$ 339,7 milhões em remédios, equipamentos e insumos para cumprir essas decisões judiciais. Esse valor daria para construir pelo menos dois hospitais de 80 leitos cada um e equivale a 7,5% de tudo que a cidade de São Paulo aplicou em saúde no ano de 2011 (R$ 4,5 bilhões).

Isso representa 28% mais do que o total despendido com as ações na Justiça em todo o ano de 2011. E essa é só a parte da União.

O montante aumentaria significativamente se fossem computados também os valores desembolsados por Estados e municípios. A situação é tão caótica que o valor total não é sequer conhecido.

Não se discute o direito de cidadãos recorrerem à Justiça sempre que acharem necessário. O problema é que o acúmulo de liminares -70% das decisões são desfavoráveis ao governo- acaba retirando do administrador público a capacidade de definir prioridades e decidir a melhor alocação para um volume limitado de recursos.

O pecado original, aqui, nasce com o artigo 196 da Constituição, que define a saúde como direito de todos e dever do Estado. Em vez de interpretar a passagem -justificativa de todas as ações- como mero princípio programático, magistrados lhe têm dado força de norma a cumprir, custe o que custar.

É uma visão míope. Orçamentos públicos são finitos, sabem todos, mas as possibilidades de gastar mais com a saúde não conhecem limites: sempre é possível importar uma droga experimental, ou testar uma nova terapia, a preços muitas vezes exorbitantes.

Vale observar que há uma importante assimetria na repartição de tais recursos. Com a judicialização da saúde, tendem a ser beneficiados pacientes que tipicamente necessitam de drogas caras e têm acesso a informação qualificada e a advogados particulares. Perdem, em contrapartida, os doentes pobres que dependem unicamente do SUS.

Por outro lado, não é aconselhável pender para o extremo oposto e confiar exclusivamente às autoridades sanitárias a tarefa de decidir quais tratamentos serão cobertos e quais ficarão de fora. Burocracias são, por natureza, lentas e preferem resolver seus problemas de caixa evitando novos custos.

É preciso criar formas rápidas, de preferência na esfera administrativa, e não na judicial, com controle externo da classe médica, para garantir que novas terapias sejam incorporadas ao SUS tão logo se revelem eficazes e economicamente razoáveis. Embora certa leitura da Constituição insinue o contrário, não existe tratamento grátis.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Alento aos estados

A partir de janeiro, as dívidas de Estados e municípios com a União serão corrigidas pela Selic até o limite do IPCA mais 4% ao ano. A presidente Dilma Rousseff vai assinar medida provisória na próxima semana para dar início à reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e mudar o indexador das dívidas renegociadas.

Os secretários estaduais de Fazenda pediram ontem, em Brasília, que o limite fosse fixado em IPCA mais 2% ao ano. O governo ficou de estudar o pedido, mas indicou que não o aceitará, por considerar que esse teto é muito baixo tendo em vista o que o Tesouro paga hoje. Os títulos emitidos pelo Tesouro com prazo de 20 anos remuneram os investidores com IPCA mais 4% ao ano. (Valor)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Estados chegam a um bom acordo. E os municípios?

BRASÍLIA. A possibilidade de um acordo inédito envolvendo vários temas decisivos para a reconstrução do pacto federativo surgiu na sexta-feira passada durante reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em São Luís (MA). A proposta, apelidada de Consenso de São Luís, abrange desde uma nova divisão do Fundo de Participação dos Estados à redistribuição dos royalties do petróleo, incluindo a revisão das dívidas dos estados, com a mudança do indexador; e a unificação das alíquotas interestaduais do ICMS para acabar com a chamada guerra fiscal.

Para o Rio, o ponto mais importante seria a concordância dos demais estados em não tentar derrubar, no Congresso, os vetos da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei que redistribui os royalties do petróleo. Os vetos asseguram o cumprimento dos contratos nas áreas já licitadas.

O primeiro passo para o acordo seria a aprovação de uma proposta para o Fundo de Participação dos Estados (FPE) que beneficie as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O modelo é o projeto apresentado pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA), que tem como base as regras atuais de distribuição, mas contém alterações no rateio para os recursos adicionais que beneficiam sobretudo os estados dessas três regiões. Os estados mais pobres seriam ainda contemplados com outra decisão — o Confaz validaria todos os incentivos fiscais já concedidos. Esses benefícios, que os estados menos desenvolvidos ofereceram às empresas que se instalaram em seus territórios, foram considerados ilegais pelo Supremo e devem perder a validade, caso não recebam o aval do Confaz.

Segundo o secretário de Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi, a maioria dos secretários e também os representantes do governo federal que participaram da reunião em São Luís mostraram-se animados com a proposta, que ainda precisa do aval dos governadores. Um novo encontro do Confaz foi marcado para amanhã, quando os secretários de Fazenda devem relatar a posição dos seus superiores. Caso saia um acordo, a expectativa é levar a proposta ao Senado já na quarta-feira, pois todas as medidas precisam ser aprovadas pelo Congresso.

— Se houver essa convergência, se não houver pequenez de pensamento de nenhum lado, acho que poderíamos ter efetivamente passos muito importantes em um prazo muito curto — disse Calabi.

São Paulo e os estados do Sul e Sudeste teriam também suas compensações. A alíquota interestadual do ICMS seria unificada em 4%, em prazo que ainda está sendo negociado, colocando um fim à guerra fiscal. A proposta seguiria os moldes sugeridos pelo Ministério da Fazenda, com a criação de um fundo para compensar as unidades da federação que tiverem perda de arrecadação e outro para desenvolvimento regional. Outro ponto de acordo seria a definição de uma nova norma para cobrança do ICMS no comércio eletrônico. Por fim, o governo federal concordaria em renegociar as dívidas dos estados, que passariam a ser reajustadas pela inflação (IPCA) acrescida de 2% ou então pela taxa básica de juros (Selic), a que estiver mais baixa. Hoje são corrigidas pelo IGPM, mais um percentual de juros, que varia entre os estados.

— Pela primeira vez, em muitos e muitos anos, o Confaz fez uma discussão federativa, construtiva, estabelecendo um quadro geral que pode representar uma transformação nesses impasses, uma redução de vários empecilhos fiscais que acabam gerando grandes incertezas e atrapalham decisões de investimentos — destacou Calabi

(Informações d'O Globo)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Melhora nos portos diminui custo das mercadorias e pode aliviar seu bolso

O governo deu uma grande abertura aos investimentos de empresas privadas nos portos ao divulgar os planos para ampliar e modernizar a capacidade do setor, com gastos de R$ 54,2 bilhões. Foi eliminado um dos principais obstáculos para a construção de novos terminais privativos: a exigência de carga própria suficiente para justificar o empreendimento. Agora, serão feitas “chamadas públicas” quando houver necessidade de novos terminais, abrindo a possibilidade de várias empresas apresentarem projetos. Vencerá a concessão de portos ou o arrendamento de instalações portuárias a empresa ou consórcio que apresentar maior capacidade de movimentação de carga, pela menor tarifa. As autorizações para instalações portuárias fora dos portos organizados terão prazo de até 25 anos, prorrogáveis por períodos sucessivos, e as instalações não reverterão à União. Aquelas que forem licitadas e estiverem dentro da área dos portos também poderão ter contrato de até 25 anos, mas prorrogável por igual período e os bens voltarão para a União. (Valor)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Rito legislativo brasileiro

O Congresso aprovou na quarta-feira quatro medidas provisórias repletas de emendas sem qualquer ligação com o teor original das MPs. 

Em poucas horas, Câmara e Senado aprovaram textos que estendem benefícios fiscais a diversos setores, lançam um fundo de investimento com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), extinguem um princípio da legislação trabalhista, reduzem multas cobradas pela Receita e criam cargos na estrutura do Estado. 

Até a MP 574, que já perdeu a validade, foi reinserida em outra. Editada para permitir a renegociação de dívidas de Estados e municípios com o Pasep, ela foi incluída na MP 575, que facilita a formação de parcerias público-privadas. (V)

Meio TRILHÃO para o fomento econômico

Os empréstimos do Tesouro Nacional ao BNDES são a fonte de mais da metade dos desembolsos do banco para empresas e projetos de infraestrutura. Dos R$ 285 bilhões que o Tesouro foi autorizado a emprestar ao banco de fomento de janeiro de 2009 até setembro deste ano, R$ 250,2 bilhões já foram sacados. Somados aos retornos desses financiamentos, são R$ 276,6 bilhões em empréstimos. O valor corresponde a 51,4% dos desembolsos totais de R$ 538,2 bilhões feitos pelo banco estatal nesse período.

No documento em que presta contas do uso de recursos repassados pelo Tesouro - encaminhado trimestralmente ao Congresso Nacional -, o BNDES argumenta que os empréstimos totais de R$ 276,6 bilhões possibilitaram investimentos superiores a R$ 374 bilhões e foram responsáveis pela manutenção ou geração de 8,6 milhões de empregos. As transferências do Tesouro ao BNDES surgiram em 2009, no auge da crise internacional, como parte da política anticíclica adotada pelo governo para evitar impactos recessivos na economia brasileira. (V)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Em Gaza, novos arsenais incluem “armas” das mídias sociais - Tradução: Jô Amado (edição de Larriza Thurler) | Observatório da Imprensa | Observatório da Imprensa - Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito

Há muito tempo que existem ferramentas de guerra associadas ao conflito entre israelenses e palestinos: aviões de guerra, morteiros, mísseis Qassam. Agora, essa lista inclui o Twitter, o Facebook e o YouTube. Esta semana, a audiência do mundo inteiro teve uma percepção intensa do conflito na era das mídias sociais à medida que os militares israelenses lançavam uma ampla campanha através de vários canais da internet após realizarem um ataque aéreo que matou um dos principais comandantes militares do Hamas na Faixa de Gaza, na quarta-feira (14/11).

O ataque aéreo, que ocorreu após vários dias de ataques com mísseis lançados de Gaza contra alvos em Israel, foi confirmado pela conta no Twitter das Forças de Defesa de Israel (IDF) antes que os militares realizassem uma entrevista coletiva à imprensa.

As mais recentes tecnologias, incluindo o Twitter e o YouTube, foram particularmente adotadas pelo governo israelense, que talvez tenha lançado uma campanha de relações públicas sem precedentes pelas mídias sociais à medida que o conflito de agravava. As Forças de Defesa de Israel ficaram presentes em praticamente todas as plataformas disponíveis. Lançaram uma conta no Tumblr na quarta-feira, com infográficos mostrando como as forças israelenses minimizam os danos colaterais a civis palestinos. Além disso, prepararam páginas do Facebook em várias línguas e até têm uma página no Pinterest com fotos de tropas enviadas em missões humanitárias.

Escritórios atingidos

O exército israelense atacou dois prédios usados por jornalistas da rede britânica Sky News e da emissora com sede em Dubai, al-Arabiya, em Gaza no domingo (18/11), durante o quinto dia da campanha contra militantes. Pelo menos seis jornalistas ficaram feridos. Um dos prédios era usado pelo canal al-Quds, que serve de porta-voz do Hamas. A Associação de Correspondentes Estrangeiros em Israel emitiu uma carga expressando preocupação e observando que uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas diz que jornalistas cobrindo conflitos devem receber proteção. Segundo Avital Leibovich, porta-voz do exército israelense, os prédios incluíam infraestrutura de comunicação do Hamas. “O alvo não eram os jornalistas. Eles estavam servindo de escudo humano do Hamas”, disse. 


Informações da Reuters [16/11/12] e de Ernesto Londoño, Karin Brulliard e Abigail Hauslohner [The Washington Post, 18/11/12].

PAC: De Olho no Balanço


Até setembro, 38,5% das ações do PAC 2 foram concluídas, diz governo

O governo federal informou nesta segunda-feira (19) que 38,5% das ações previstas na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) foram concluídas até setembro de 2012, no segundo ano dessa segunda fase do programa.

De acordo com o balanço divulgado pelo Ministério do Planejamento, foram executados R$ 385,9 bilhões até setembro, o que corresponde a 40,4% do investimento previsto até 2014. O orçamento total do PAC 2 é de R$ 955 bilhões.

A execução do programa, segundo o governo, aumentou 19% desde junho. Dos R$ 385,9 bilhões, R$ 181,5 bilhões foram aplicados em 2012.

No balanço anterior, divulgado em julho, o governo havia informado que 29,8% das ações previstas no PAC 2 haviam sido concluídas até o final de junho. As obras concluídas até então representavam R$ 211 bilhões.

Ainda de acordo com o governo, do total investido neste ano, R$ 26,6 bilhões foram com recursos do Orçamento da União. Desse valor, porém, apenas R$ 8,3 bilhões saíram da dotação de 2012 – o outros 18,2 bilhões são restos a pagar de anos anteriores.

“Esses números são bastante significativos da evolução que vem fazendo no PAC. Estamos aprendendo a fazer obras de infraestrutura no país. Isso vem em um espiral de crescimento”, disse a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, sobre o balanço do programa.

 

Estatais investiram R$ 110,4 bilhões
Dos R$ 385,9 bilhões investidos até o final de setembro, R$ 129,7 bilhões, ou 33,6%, correspondem a financiamento habitacional, sendo que o programa Minha Casa, Minha Vida contratou, sozinho, R$ 25,2 bilhões no período, mais que o dobro dos R$ 10 bilhões registrados até dezembro de 2011.

Outros R$ 110,4 bilhões foram executados por empresas estatais. Já o setor privado foi responsável por R$ 80,7 bilhões.

Como andam os projetos
O balanço do governo informa que, até o fim de setembro, 27% das ações monitoradas do PAC estavam concluídas – incluindo projetos nos setores de transporte, energia, mobilidade urbana, recursos hídricos e o programa Luz para Todos.

O volume de obras cujo andamento é considerado adequado pelo governou caiu de 69% em dezembro de 2011 para 57% agora. Aquelas que merecem atenção devido a atrasos somam 11% (eram 9% em dezembro). Já as consideradas em situação preocupante respondem por 5%, mesma taxa verificada ao final do ano passado.

Do total das ações monitoradas, 36% estão em obras e, outros 37%, em fase de projeto ou licenciamento.

No setor de transportes, o governo considera que 8% das ações estão em estágio preocupante e, 52%, adequado. Já na área de energia, o andamento de 60% dos projetos é adequado e apenas 2% preocupante.

Obras
De acordo com o balando do PAC 2, foram concluídas até setembro obras em 1.120 quilômetros de rodovias em todo o país, entre eles a duplicação e restauração de 81 quilômetros da BR-101, no RN; e a duplicação da BR-262, num total de 83 quilômetros, entre Betim e Nova Serrana, em MG.

Há intervenções em outros 8.113 quilômetros dentro do programa, sendo 2.795 quilômetros de duplicação e adequação de vias e 5.318 quilômetros de construção e pavimentação. Entre elas, está a construção de uma ponte sobre o Rio Madeira, em Porto Velho (RO), e a pavimentação da BR-163 entre Santarém (PA) e Guarantã do Norte (MT), num total de 978 quilômetros, e que tem 55% das obras concluídas.

Na parte de aeroportos, o governo informou que foram concluídas 12 obras, entre elas a construção de sete Módulos Operacionais, como são conhecidos os “puxadinhos” para aumentar a capacidade de terminais de passageiros. Os estruturas foram montadas nos aeroportos de Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Vitória (ES), Guarulhos (SP) e Campinas (SP).

Por outro lado, há obras ainda em fase inicial. Entre elas está a reforma e ampliação do terminal de passageiros do aeroporto de Confins (MG), com 12% realizado até setembro. O novo terminal de cargas do aeroporto de Porto Alegre tem 25% das obas concluídas.

Na área de ferrovias, foram finalizadoss 459 quilômetros, entre eles um trecho de 283 quilômetros da ferrovia Norte-Sul. Há outros 2.672 km de obras em andamento, incluindo outro trecho da Norte-Sul, de 1.089 quilômetros, e da Ferrovia de Integração Oeste Leste, com 536 quilômetros, entre Ilhéus e Caetité (BA), e que está com 11% pronto.

(G1)

sábado, 17 de novembro de 2012

Laboratório de neuromarketing produz pesquisas que ajudam as empresas a atender seus públicos-alvo

"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças".

Foi com a famosa frase de Charles Darwin, que os pesquisadores da FGV Projetos apresentaram ao Brasil Econômico, o Laboratório de Neuromarketing. O espaço inaugurado, estrategicamente na Avenida Paulista, em São Paulo, há um ano e meio, estuda as atividades do cérebro dos consumidores.

A solução reúne algumas ferramentas que ajudam a entender o comportamento e as necessidades dos públicos-alvo das empresas.

A equipe, liderada pelo coordenador de Projetos do Laboratório, Carlos Augusto Lopes da Costa, conta com o auxílio de profissionais de vários segmentos. Há engenheiros, neurocientistas, físicos, administradores de empresas, publicitários, entre outros.

O publicitário e membro do time Marcos Leite Antunes explica que o neuromarketing produz um resultado mais certeiro na hora de desenvolver uma pesquisa. "É que quando fazemos uma pergunta para um participante, ele até pode falar que não gostou de determinado produto, porém as atividades cerebrais dele vão nos mostrar se aquilo que ele está dizendo realmente é real", explica Antunes.

O trabalho realizado é para atender as demandas de mercado de grandes empresas, que a partir daí ficam mais seguras para investir na marca, no conceito, produto/serviço. Além disso, elas também determinam o preço, pensam na propaganda e nas ações que serão feitas nos pontos de venda.

A equipe da FGV trabalha com três variáveis: atenção, emoção e memória. Para isso, os pesquisadores contam com o auxílio de alguns "exames". O eletroencefalograma, por exemplo, capta a atividade elétrica dos neurônios dos indivíduos.

Já a ressonância magnética é introduzida para entender conceitos. "Quando precisamos questionar o consumidor e obter uma resposta em que ele precisa definir entre algumas opções, este tipo de exame é fundamental", conta Costa.

Porém, a técnica do "Eye Tracker" é uma das mais usadas. É que ele funciona como uma espécie de rastreador ocular. Por meio de uma luz infravermelha instalada no computador, é possível detectar para onde o consumidor está olhando. "Precisamos saber se ele está focado na marca, na figura ou nas letras de uma propaganda, por exemplo", acrescenta o professor.

Com aparelhos caros e softwares de última geração, a FGV fechou parceria com duas empresas inglesas de neuromarketing: The Mind Lab e Neurosense. Esta última desenvolveu para a Unilever um projeto há alguns anos, quando a multinacional lançou no mercado produtos para uso infantil e para cuidados com a casa com a marca "Dove".

A pesquisa mostrou que os consumidores reagiram de forma negativa quando eram confrontados com estas duas linhas. Depois de gastar milhares de dólares com os lançamentos, a Unilever tirou os produtos de circulação.

Aqui no Brasil, a FGV foi contrata pela Prefeitura de São Paulo para a "Campanha de Proteção ao Pedestre".

Antes de ir ao ar, foi cogitada a realização de uma campanha na qual apareciam cenas fortes de pessoas machucadas pela impudência dos motoristas ou dos pedestres, mesmo. A reação foi imediata.

A população paulistana não gostou deste tipo de abordagem e então foi feito uma campanha educativa na qual a faixa ganhava vida. Fora do país, grandes marcas como Coca-Cola, P&G e Unilever já são adeptas desta técnica que une a tecnologia à pesquisas comportamental.

Enviado via iPhone

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Celulares xing-ling serão bloqueados no Brasil; importados estão em risco

As principais operadoras de telefonia do Brasil - Oi, TIM, Vivo e Claro - vão implantar em 2013 um sistema de reconhecimento de celulares piratas em funcionamento no país. Com isto, quaisquer aparelhos que não tenham sido homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) - como xing-lings e alguns importados - ficarão impossibilitados de realizar chamadas e outros serviços dentro do território brasileiro.
Índice de roubo e perda de celulares no Brasil é alarmante (Foto: Reprodução)Celulares piratas serão bloqueados pela Anatel
em 2013 (Foto: Reprodução)

A medida vai arrecadar R$ 10 milhões das operadoras, e tem como objetivo diminuir as reclamações sobre os serviços prestados pelas mesmas, já que, de acordo com as empresas, modelos de baixa qualidade recebem sinais igualmente ruins. Assim, usuários de aparelhos piratas ou fora das normas da Anatel percebem mais frequentemente má qualidade ou queda nas chamadas, aumentando o número de reclamações em cima das companhias de telefonia.

O sistema de fiscalização vai se dar a partir dos IMEI - códigos de identificação do modelo do celular. Toda vez que um usuário cadastrar um novo chip em um aparelho, a Anatel vai verificar se aquele número está acessando um IMEI dentro da lista de dispositivos homologados. Caso o código não esteja na relação, o celular será classificado como pirata e o usuário receberá uma mensagem avisando que os serviços de ligação e envio de mensagens não serão habilitados em seu aparelho.

A regra dos celulares "piratas" serve também para dispositivos comprados no exterior. Caso seja um modelo ainda não homologado pela Anatel, ele será considerado ilegal. Ou seja: se o sistema já estivesse em vigor, um smartphone Nexus 4 hoje não funcionaria em solo brasileiro, já que seu IMEI ainda não figura entre os modelos autorizados pela Agência.

No entanto, se o usuário já estiver usando um celular pirata atualmente, ele não será reconhecido pela Anatel até que se cadastre um novo chip no modelo. No futuro, o sistema das operadoras será capaz também de identificar celulares roubados por meio do código, bloqueando-os para uso.

Via G1

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cidadãos já podem acompanhar andamentos e pagamentos de obras do PAC pela internet

Os cidadãos brasileiros poderão acompanhar on line, a partir desta segunda-feira (12), o andamento das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os dados foram disponibilizados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pelas obras, por meio do Boletim Eletrônico de Medição (BEM).

Com isso, é possível acompanhar o andamento, o custo e o prazo de execução de cada uma das obras. Inicialmente, o Dnit vai publicar 107 boletins, referentes às principais obras do programa. A expectativa do órgão é abranger todas as 400 obras em curso, incluídas as que não estejam no PAC, até o primeiro semestre de 2013.

Os reparos e manutenções realizados pelo Dnit devem ser acrescentados também no próximo ano. A elaboração do boletim leva, em média, oito dias e permite que cada trecho da obra seja acessado individualmente. Para facilitar a compreensão, foi elaborado um glossário com as siglas utilizadas nos documentos, além de uma cartilha, que ajuda a entender mais sobre o programa.

Fonte: Portal Planalto – 13/11/2012

Site de compartilhamento de arquivos Megaupload está de volta à internet – Tendências

Para quem achava que o tempo de links para download em abundância já fazia parte de um passado que não voltava mais, atenção: o site de compartilhamento de arquivos Megaupload está de volta.

Recapitulando: em janeiro de 2012, depois de anos de litígio e acusações de pirataria e infração a leis de direitos autorais, a página foi fechada e seu criador, o alemão Kim Dotcom, preso. A novidade é que, mesmo às voltas com um pedido de extradição para ser julgado nos Estados Unidos, KIm não desistiu. Colocou uma nova versão da página no ar – agora intitulada Mega – e anunciou: o site estará de volta à ativa em 19 de janeiro de 2013.

A data não foi escolhida à toa. Foi exatamente no décimo nono dia de 2012 que o Megaupload original
fechou as portas, depois de uma investida do FBI. Provocador, @KimDotcom não perdeu a chance de cutucar seus inimigos ao anunciar a nova página – que por enquanto só disponibiliza um e-mail para cadastro. “A Nova Zelândia será a casa de nosso novo website: Mega.co.nzalimentado pela legalidade e protegido pela lei”. Como assim protegido pela lei? Não era pirataria?

A questão é que, aparentemente, existe uma brecha. Graças a uma nova estratégia de encriptação que oculta o conteúdo do arquivo disponibilizado,a plataforma, em tese, não poderia ser responsabilizada por hospedar conteúdos – afinal, como saber se o que existe nos arquivos é ilegal ou não sem quebrar o sigilo do cliente que fez o upload?

Via The Next Web


Metade dos municípios brasileiros não fiscaliza qualidade da água |

A qualidade da água em municípios é tema inédito de pesquisa do IBGE

Dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais, divulgada hoje (13/11,) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que dos 5.565 municípios brasileiros, 2.659 (47,8%) não fiscalizavam a qualidade da água, em 201. Apenas 28% (1.569) contavam com uma Política Municipal de Saneamento Básico.

A pesquisa também revelou que 60,5% dos municípios não acompanhavam as licenças para o abastecimento de água, esgoto sanitário ou drenagem e manejo de águas pluviais, e 56% não tinham qualquer mecanismo de controle ou acompanhamento do saneamento básico. Em relação aos resíduos sólidos, 42,7% dos municípios não tinham, no ano passado, qualquer ação ou projeto relacionado à coleta seletiva do lixo.

O Sul do país é a região com maior proporção de cidades com coleta seletiva, 55,8% do total de municípios. Já no Nordeste, 62,3% não têm nenhuma ação nesse sentido. Em nível nacional, apenas 30,7% do total das prefeituras disseram ter conhecimento de cooperativas ou associações de catadores de materiais recicláveis.

Os dados fazem parte da Pesquisa– Perfil dos Municípios (Munic) de 2011. Pela primeira vez, a Munic abordou o tema do saneamento básico. A pesquisa é feita anualmente desde 1999, exceto em anos de Censo e de contagem da população. O lançamento do Plano se deu em 2007, quando os municípios passaram a se adequar ao novo sistema.

Fonte: Blog Diálogos Federativos

sábado, 10 de novembro de 2012

São os brasileiros, estúpido!

MATÉRIA DA REVISTA AMERICANA QUE COBRE POLÍTICA:

http://www.foreignpolicy.com/articles/2012/11/06/its_the_brazilians_stupid

RIO DE JANEIRO - Vamos dizer que você é um presidente em exercício com uma doença fatal. Sua economia é uma bagunça, com a inflação pressionando 25 por cento de um ano e os bens comprados em lojas como o leite e os ovos raras como um tesouro enterrado. Pontes estão em colapso, uma refinaria de petróleo gigante sobe em uma bola de fogo mortal, e apertar um botão pode ou não acender as luzes. Tanto melhor para os criminosos ocupados, que transformaram suas ruas da cidade em algumas das mais sangrentas no mundo. O que você pode possivelmente fazer para ganhar a reeleição?

Chame João Santana, é claro. Que, de qualquer forma, é o que Hugo Chávez fez antes das eleições presidenciais disputada na Venezuela no mês passado. Claro, o venezuelano palhaço príncipe já era uma lenda política, e seu uso de mão pesada de recursos eleitorais - como o seu domínio quase incontestável da mídia e do judiciário e do saque dos cofres do Estado para financiar apostilas para os eleitores - não doeu. Mas, às vezes até mesmo os deuses precisam de uma mão, e depois de 14 anos hematomas no cargo, com a sua própria popularidade flacidez e um rápido aumento oposição unida, Chávez sabia que era hora de reforços. E na América Latina política eleitoral nos dias de hoje, o que significa trazer os brasileiros.

Estes dias, o consultor brasileiro para vencer é Santana. Após a execução de campanhas vencedoras em casa para o Partido dos Trabalhadores (PT) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora, Dilma Rousseff, Santana passou a levar cavalos escuros e Dullards ao poder nas Américas, a partir de uma única vez golpe fabricante de Ollanta Humala no Peru ao wonky economista Danilo Medina, na República Dominicana. Mas na Venezuela, teve seu trabalho cortado para ele. Chávez convalescia de três lutas em linha reta de cirurgia para um câncer não especificado depois que os médicos removeram um tumor do tamanho de beisebol de sua pélvis. A doença o manteve em vaivém para Havana por semanas para punir ataques de terapia de radiação que o deixou inchado e exausto. Seu adversário, Henrique Capriles - inteligente, jovem e telegenic - estava correndo à frente da campanha de oposição primeira verdadeiramente unificado na memória recente. (Ele diz muito que Capriles também contratou uma equipe de consultores brasileiros.)

Santana passou a trabalhar com vontade. Ele habilmente airbrushed a campanha de Chávez, para compensar a fadiga visível do presidente e longas ausências dos olhos do público com heróicos close-ups e em câmera lenta leva do candidato saudando multidões imaginárias. Em vez de recorrer a imagem familiar do rasa showman irreprimível através adorando multidões ou trovejando do estrado, a campanha girou Chávez como estadista e avuncular depilação, beatificada em sound bites cuidadosamente editadas. "O Coração da Minha Pátria", foi o slogan da campanha oficial.

Tudo isso jogou bem nas ondas do rádio. "A campanha foi magistralmente orquestrado", admite Diego Arria, ex-diplomata venezuelano e ex-candidato presidencial próprio. "Havia seis ou sete equipes de filmagem seguem em torno de Chávez e tiro cada rali. Os brasileiros deram um tiro no braço para a política venezuelana." No final, Chávez brincou a uma vitória de 55-44 por cento sobre Capriles, o triunfo do operador histórico terceira eleição em linha reta, e um que se estendeu seu mandato até 2019.

Santana e sua turma tiveram muita prática. O aumento do consultor político brasileiro é parte do passado de uma mudança notável na sorte varrendo a América Latina. Como a democracia eleitoral despertou em todo o hemisfério, a disputa por votos cresceu intenso. Estes dias - em contraste com a época em que as ditaduras reinou - dezenas de aspirantes a políticos de toda a América Central, Caribe, América do Sul e do ângulo de assentos, de prefeitura para o palácio presidencial. Para atrair a atenção dos eleitores da marca, um candidato, e balançar céticos em um campo cada vez mais competitivo, os profissionais e pretendentes igualmente estão cada vez mais se voltando para contratou assessores políticos de dentro da região.

Não muito tempo atrás, a campanha strategizing na América Latina ainda era a província de um grupo de elite de consultores americanos super. Eles pára-quedas em locais de estrangeiros, reescreveu as regras de campanha, e verificados novamente, coletando fortunas em honorários. Campanha de Bill Clinton Dick Morris guru treinou Felipe Calderón para a vitória no México, em 2006, e Vicente Fox antes dele. Morris também aconselhou Fernando da Argentina de la Rúa e Jorge Batlle do Uruguai. A web-savvy Ravi Singh squired Juan Manuel Santos, da Colômbia, para a vitória em 2010. James Carville, um dos engenheiros da vitória de Clinton eleição presidencial, em 1992, também foi um passageiro frequente para a América Latina.

Mas esses dias acabaram. Como eleições populares espalhou do México ao Chile, o drive-by snipers políticos foram substituídos por especialistas nativos, que eram fluente na cultura local e vernacular. Cavando por semanas ou mesmo meses, eles desenvolveram uma sensação de sapatos de couro para o território e as questões de condução de cada campanha, e nunca piscou para as peculiaridades de políticos latino-e powerbrokers. ("Eu me lembro de um presidente de interromper uma reunião de gabinete para tomar um telefonema de sua mãe", diz Ralph Murphine, um consultor americano que passou sua carreira no Equador.)

Em nenhum lugar é a mudança mais visível do que no Brasil. Na maior nação da América Latina, a indústria de consultoria política surgiu de uma combinação do acaso histórico e engenharia social. Depois de uma longa noite de governo autocrático (1964-1985), o Brasil gradualmente descongelado para a democracia. Enquanto os militares facilitaram a sua aderência, uma geração de prefeitos e governadores nomeados foi substituído por líderes eleitos. O processo culminou em 1989, quando o voto popular para presidente foi finalmente restaurada, após um hiato de 29 anos. Agora é o ano civil rara quando não há eleição em algum lugar deste país continental. Esta queda, mais de 15.000 candidatos disputavam votos em concursos para prefeito em 5568 cidades brasileiras, cada uma com uma capa impermeável passo que o outro.

Com o retorno ao abertos eleições veio preocupações sobre como a nivelar o campo de jogo. Os formuladores de políticas queria encorajar os recém-chegados políticos e impedir candidatos de elite com bolsos profundos de dominar a cena. A solução - uma pérola do populismo que data do início dos anos 1960 e ressuscitado na Constituição de 1988 - foi deixar de lado timeslots generosos nas ondas do rádio nacionais para a propaganda política gratuita. A hora livre Eleitoral colocar a campanha em esteróides, dirigindo partes rebeldes do país a greve até alianças de conveniência para acumular tempo de TV.

Graças a novelas muito populares brasileiras de televisão ou novelas, que atraem dezenas de milhões de telespectadores fiéis, ad assistentes tinha aprendido a tudo o falcão de cartões de crédito para shampoo durante os intervalos da estação. A Hora Eleitoral deu-lhes um laboratório para testar seus riffs e jingles para audiências em todo o país. "Desde cedo, os brasileiros aprenderam a contar uma história em 30 segundos", diz Chico Mendez, um estrategista brasileiro que aconselhou rival de Chávez, Capriles.

Outra vantagem crucial era que os estrategistas brasileiros aprenderam a processar números. Graças a profissional recenseamento que remonta à década de 1950, os assessores de campanha encontrada uma riqueza de dados demográficos que lhes permitiu atingir os eleitores-chave, tamanho até estados decisivos, e aprimorar seus arremessos. "Os entrevistadores precisam ter uma base de dados estatísticos para trabalhar fora amostras, e no Brasil teve levantamentos pendentes desde os anos 1940 e 50", o cientista político Amaury de Souza me disse que antes de sua morte no início deste ano. "Você precisa de as mesmas técnicas para vender produtos e serviços usados ​​para vender política, personalidades."

Muitos dos programas de campanha iniciais eram ridiculamente esquecível, mas os brasileiros, batatas de sofá consumado, ficaram fascinados ao ver florescer a democracia em suas salas de estar. Com o tempo, consultores brasileiros ficou tão bom em vender a política em casa, que eles começaram a vender seus serviços no exterior.

Um dos primeiros testes para consultores vôo do Brasil foi Angola, ex-colônia Português, que no início de 1990 estava emergindo de uma guerra civil sangrenta. Na eleição multipartidária do país pela primeira vez nacional em 1992, o marxista presidente José Eduardo dos Santos enfrentou um adversário formidável em Jonas Savimbi, o carismático líder da guerrilha insurgente UNITA cujo partido tinha as bênçãos de Washington e do regime do apartheid na África do Sul. Santos sabia que precisava de conselhos, mas se recusava a tocar-se comerciantes de Portugal, antigo colonizador de Angola. Em vez disso, ele olhou através do Atlântico para o Brasil.

Na época, o brasileiro havia acabado de eleger Fernando Collor de Mello, um governador que cospe fogo jovem de um lugar remoto, que era praticamente desconhecido como uma figura nacional até alquimistas de sua campanha reformular-lo como um vingador em um cavalo branco. Na eleição de 1989, Collor superou um campo lotado de políticos alfa, finalmente derrotar o já lendário ex-metalúrgico Lula em um segundo turno. (Collor foi mais tarde acusado de corrupção, mas sua ascensão ao poder foguete continua a ser um divisor de águas na política brasileira eleitorais.) A reforma não foi perdida em Francisco Romão, o embaixador de Angola para o Brasil, que contatou gerente de campanha de Collor, Claudio Humberto. Humberto apresentou a Propeg empresa de consultoria.

Uma das razões para o sucesso Propeg foi Ricardo Noblat, jornalista de carreira que havia sido demitido pelo seu jornal, mas logo encontrou outras maneiras de colocar seu conhecimento íntimo do sistema eleitoral de usar. Em 1992, Noblat estava em um avião para Luanda para se juntar à equipe Propeg na missão de fazer campanha lutando reequipar Santos. Ele correu uma equipe de quase uma centena de conselheiros, liderados por um grupo de oito ativistas brasileiros cujo número cresceu para 44 antes da corrida tinha acabado. Os marqueteiros importados começou do zero.

"O governo comunista estava se arrastando em quase todas as regiões do país", diz Noblat. Então, eles se alisado passo Santos, suavizando a imagem marxista-dura junta de. Tomando uma sugestão do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf, eles descaroçado-se um slogan de reaproximação ", a paz ea ordem", que foi até bem em um país ainda arrancado de sua longa guerra civil. Angolanos amou televisão e são grandes fãs de importados novelas brasileiras, mas estava entediado pela política, como de costume, com seus anúncios do bolinho-cortador de campanha e de edição de TV plodding Português de estilo. Assim, a equipe do Noblat espremido a campanha de mídia e corte-tempo leva de Santos em movimento e alternando a slow-mo tiros de multidões de adoradores, tudo pronto para lushly marcou trilhas sonoras para a rede nacional de transmissão estado.

No silêncio, ele contratou um duo de guitarra popular brasileira, Sá e Guaiabira, para escrever um toque suave canção tema da campanha, Angola no meu coração. "Tivemos que inventar uma história que estes eram músicos angolanos", diz Noblat. O jingle pegou e se tornou uma espécie de hino popular na veia do hino da caridade 1985 We Are the World (menos Michael Jackson e Dionne Warwick). "Foi uma espécie de exaltação musical de Angola", diz Noblat. "Para este dia, os angolanos cantá-la em ocasiões patrióticas".

Sorte também ajudou. Tripulação do Noblat tropeçou em um plano de marketing político que um funcionário Savimbi inconsciente havia deixado para trás em um restaurante. Ele também não se machucar que no meio da campanha de Papa João Paulo II aterrissou em Luanda, para um tapete vermelho de boas-vindas pelo chefe de Estado comunista, que prontamente squired o pontífice em todo o país. Santos subiu nas pesquisas e venceu a primeira rodada de votação, mas caiu alguns milhares de votos a menos do que a maioria absoluta dos votos necessários para vencer sem rodeios. A enxurrada foi chamado, ea popularidade de Santos disparou. Mas quando a violência varreu o país, Savimbi parar a corrida e se refugiou na selva, onde ele apareceu morto poucos anos depois. Santos venceu a eleição por padrão e que se manteve no poder desde então, embora nem sempre de forma democrática. Ele foi o último re-eleito em setembro - com a ajuda de João Santana.

Poucos brasileiros podem se vangloriar scorecard política Santana. Afável e silenciosamente intelectual, Santana é surpreendentemente publicidade avesso para o métier calor de procura de política profissional. (Ele não retornou as ligações deste repórter muitos telefonemas.) Ele também tornou-se indiscutivelmente kingmaker mais formidável da América Latina. Um repórter de uma única vez político, ele aprendeu os beiços na campanha como reinicialização do Brasil da ditadura para a democracia popular, em seguida, aproveitou a sua história dizendo habilidades em uma assessoria de comunicação. Com um sotaque lânguida típico de seu estado nativo da Bahia, no nordeste do Brasil, ele ganhou seus candidatos de nomes de higiene em algumas das mais difíceis disputas eleitorais no Brasil e no exterior.

Em 2006, o presidente Lula viu suas perspectivas de reeleição naufrágio como alguns de seus principais assessores foram tocou em um escândalo de compra de votos maciça conhecido como o mensalão, para "pagamento mensal grande." (O Supremo Tribunal Federal acaba de encontrar 25 pessoas culpadas de corrupção no caso jabá, incluindo confidentes mais próximos de Lula.) Ele virou-se para Santana, que prontamente virou a narrativa, a reformulação Lula em spots da campanha polido como um homem comum radiante, adorado pelo manso e caluniados por rivais invejosos. "Deixe o homem trabalhar!" foi a nota de dinheiro de campanha. Lula rugiu de volta, vencendo com folga no segundo turno.

Depois de coroar Lula, Santana passou a elaborar a campanha vitoriosa para o sucessor do herói operário, a Dilma Rousseff, ex-chefe de Lula de pessoal e de um burocrata consumado que nunca tinha corrido para o escritório. Santana colocou em ternos de grife, ligado seu penteado, tinha os dentes se endireitou, e achatado testa com Botox. Mais importante, ele enviou-lhe para se misturar com o povão, o povo comum, tornando o candidato rígida que críticos a consideraram como uma planilha andar em um candidato vencedor.

Hoje, Santana é o ressurgimento da esquerda latino-americana que Carville e George W. Bush, Karl Rove confidente eram para candidatos democratas e republicanos nos anos 1990, com menos de lábio e honorários de consultoria ligeiramente mais baixas. Embora ele trabalhou todos os matizes do espectro político, Santana tem se destacado em eleger pouco conhecidos socialistas. Em 2009, ele liderou ex-esquerdistas de guerrilha Funes lutador Maurício para a vitória em El Salvador. No ano passado, ele "Lulafied" tição peruano Ollanta Humala, transformando o outrora golpe-maker em um centrista sólida em sóbrios ternos azuis, ganhando mais conservadores e de classe média peruanos depois de um segundo turno muito disputado. E no mês passado, ele dividiu sua equipe entre os continentes, a implantação de um pelotão para a campanha de Santos em Angola e outra para o Caribe, coaching economista Danilo Medina para escritório, na República Dominicana.

Em 28 de outubro, Santana acrescentou ainda pino outro impulso ao seu mapa político quando um cliente pouco conhecido, Fernando Haddad, ex-ministro da Educação para que seus rivais sem brilho zombavam dele como um "poste de luz", veio de trás para se tornar prefeito de São Paulo, vencendo experiente ex-governador José Serra no segundo turno. (Haddad é mostrado na foto acima na parte inferior direita, abraçando Rousseff durante a corrida no mês passado.) Os especialistas foram rápidos ao crédito a vitória de Lula, que tinha o squired Haddad neófito na política como ele havia preparado seu sucessor, Dilma Rousseff. "A partir de pólo a pólo, estamos acendendo Brasil", Lula brincou. O que ele esqueceu de mencionar foi a figura calma por trás de tudo, jogando os interruptores.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

NATAL INTEGRA REDE: GP assume 30% da Centauro por R$ 450 mi

A GP Investimentos, gestora de fundos de "private equity", fechou ontem a compra de 30% do grupo de varejo esportivo Centauro, com 232 lojas e líder do segmento na América Latina. O investimento no negócio foi de R$ 450 milhões e a quase totalidade dos recursos irá para o caixa da companhia. Uma pequena parte, não revelada, será paga ao fundador e controlador da Centauro, o empresário Sebastião Bomfim.

Depois de anos seguidos de expansão, o grupo havia acumulado um endividamento que impedia a continuidade do crescimento. Com o aporte da GP, recupera a capacidade de investir e, mais adiante, quando o mercado melhorar, deverá buscar capital na bolsa. (Págs. 1 e B1)

ROYALTIES: STF cria foro para conflitos federativos

Antecipando-se à tarefa de definir, em última instância, a constitucionalidade das regras sobre a divisão dos royalties do petróleo, o Supremo Tribunal Federal (STF) criou uma instância de conciliação de conflitos entre os Estados e abreviou o julgamento de uma ação do governo do Espírito Santo contra a lei de repartição de rendas do petróleo.

O Foro Permanente de Mediação de Conflitos Federativos foi criado em setembro e passou despercebido com o julgamento do mensalão. É composto por procuradores dos Estados, que vão se reunir periodicamente numa espécie de megamecanismo de conciliação. Os procuradores vão tratar desde problemas pequenos, como transferência de servidores de um Estado para outro, até casos como guerra fiscal e limites territoriais. O STF tem mais de 5 mil conflitos entre Estados para julgar. 

(Valor)