terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Angola

Área

1.246.700 km²

Capital

Luanda

Idioma

Português (oficial), 70%, Bantu e outras línguas africanas

Religião

Crenças locais, 47%, Católico Romano 38%, Protestantes 15% ( est. 2008 / CIA)

População

18, 5 milhões (EIU / estimativa 2009)

Expectativa de vida T/H/M

Total 38.48 -T
Homens - 37.48
Mulheres - 39. (est. CIA 2010)

Moeda

Kwanza (KZ)

PIB a preços correntes

US$ 81,94 bilhões/ estimativa EIU para 2009

PIB per capita

US$ 4.399 / estimativa EIU para 2009

Composição por setor

Agricultura: 9,6%
Indústria: 65,8%
Serviços: 24,6 (est. 2008) CIA

Taxa de Desemprego

25,5 % (Centro de Estudos  e investigação da universidade católica de  Angola/ 2007)

Importação / commodities

Maquinário e equipamentos elétricos, automóveis e peças de automóveis, produtos alimentícios, têxteis e medicamentos.

Importações

$15,74 bilhões

Posição mundial

75º importador

Exportação /commodities

Petróleo bruto, diamante, produtos de petróleo refinado, café, pescado e algodão.

Exportações

$40,65 bilhões (2009 est.)

Posição mundial

52º exportador

Chefe de Governo

Presidente José Eduardo DOS SANTOS desde 21 de setembro de 1979

Embora Angola esteja em plena reconstrução, consequencia de uma guerra civil entre o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional da Total Independência de Angola (UNITA) que se prolongou por 27 anos é, agora em tempos de paz, o país de maior crescimento econômico no continente africano.
Apresentando uma taxa média de 15% a.a. de crescimento e uma taxa média de inflação anual de, aproximadamente, 10% para o período de 2003 a 2010 (estimativa do FMI) é uma das economias que mais se desenvolve no mundo, graças ao processo de paz iniciado em 2002. Para se ter uma ideia do dinamismo da economia angolana, foi registrado um crescimento, em termos reais, de 92,4 por cento em quatro anos, o que significa que, praticamente, o PIB dobrou neste período (2004 a 2007). Registra – se, entretanto, que as altas taxas apresentadas no crescimento angolano não se traduzem em uma repartição mais equitativa da renda populacional em um país que apresenta uma taxa de desemprego superior a 50% de sua população, conforme dados da CIA.

A consolidação da estabilidade política possibilitou investimentos na reabilitação e modernização das infraestruturas produtivas e nas áreas sociais e têm conduzido a uma maior circulação de mercadorias e pessoas, ao aumento do investimento privado nacional e estrangeiro e a alterações estruturais fundamentais na economia.  Finalmente Angola pode desfrutar da abundância de suas riquezas naturais, notadamente petróleo e diamantes, cuja significativa participação na receita – cerca de 60% do PIB - permite promover crescimento em sua agricultura e a reconstrução de sua infraestrutura como também melhorias de sua produção agrícola e um incipiente desenvolvimento industrial. 
Embora com uma população relativamente pequena, cerca de 17 milhões de habitantes, o ritmo das vendas brasileiras para Angola, por enquanto, resiste à crise internacional – uma exceção em meio à queda de 30% nas exportações de manufaturados no primeiro trimestre de 2009.
Um levantamento da Agência de Promoção de Exportações (Apex - Brasil) apontou que as exportações para Angola cresceram 54% entre outubro de 2008, quando a crise começou, e fevereiro de 2009. O ritmo foi o mesmo de outubro de 2007 a fevereiro de 2008. Em ambos os casos, a comparação é com igual período  do ano anterior.

Map of Angola

Aspectos Gerais
Angola situa-se no sudoeste do continente africano, fazendo fronteira com o Oceano Atl ântico, entre Namíbia e a República Democrática do Congo e, em relação ao Brasil, apresenta um fuso horário de + 4 horas.
Tornou-se independente de Portugal em 1975, terminou com uma devastadora guerra civil em 2002 e, atualmente, é o país que mais se desenvolve no continente africano, ainda que, em 2008 seu PIB tenha ocupado a 66º posição no rank mundial  e seu IDH a  162º  posição no rank do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD 2007 / 2008, que avaliou 177 países.
Como todo a nação que passa por um movimento de densa recuperação e com  abundantes riquezas naturais de alto valor no mercado internacional mas com pequena produção industrial e agricultura pouco competitva, Angola apresenta oportunidades de negócios para diversos setores e segmentos produtivos.
As importações abrangem um leque bastante diversificado em sua balança comercial e, com uma produção baseada em poucos produtos, decorrente da desestruturação da capacidade produtiva, podemos inferir que o país importa grande parte dos bens que consome e os serviços que utiliza - de acordo com o Banco Mundial Angola importa 40% do que consome de bens e serviços.
Com uma população de, aproximadamente, 17,5 milhões de habitantes distribuídos em 1.246.700 km², Angola, capital Luanda, apresenta 18 províncias: Bengo, Benguela, Bie, Cabinda, Cuando Cubango, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Cunene, Huambo, Huila, Luanda, Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje, Moxico, Namibe, Uige, Zaire.
Suas principais cidades são : Luanda, Huambo, Lobito, Benguela, Lubango e Cabinda.
Politicamente, Angola fundamenta-se em um  regime presidencialista, republicano, e multipartidário tendo como Presidente  José Eduardo dos Santos.
Angola é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo  - OPEP –com reservas de cerca de 10 bilhões de barris de petróleo. (OPEP).
Participa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP – juntamente com o Brasil, Cabo Verde,  Guiné – Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Economia
Anglola apresentou, em 2008, um PIB a preços correntes de US$ 60,94 bilhões, de acordo com estimativa do EIU e uma Dívida Externa Total US$ 24,6 bilhões, conforme dados da CIA.
Seus principais produtos agrícolas são: bananas, açúcar de cana, café, sisal, milho, algodão, mandioca, fumo, vegetais, banana, gado, produtos florestais e peixes.
Embora possua uma produção industrial insipiente, seus principais produtos são: petróleo, diamante, ferro, fosfatos, feldspato, bauxita, urânio, ouro, cimento, produtos de metais básicos, peixes processados, comidas processadas, bebidas fermentadas, produtos de tabaco, açúcar, têxteis e peças para navios.

Relações Comerciais Angola - Mundo
As exportações de Angola se constituem na maior fonte de riqueza do país e seus poucos produtos exportados são, principalmente, petróleo bruto, diamantes, petróleo refinado, gás, café, sisal, peixe e produtos processados de peixe, madeira não processada e algodão.
Seus maiores importadores são Estados Unidos, China, França, África do Sul,Canadá, Países Baixos, Brasil e Chile, responsáveis por cerca de 85% de suas exportações que, em 2007, totalizaram US$ 36.604.000.000 FOB.
No rank das exportações mundiais Angola ocupa a 45º posição (estimativa da CIA para 2008).


Fonte: BrazilTradeNet com  base em dados do FMI

Embora Angola tenha nas exportações a maior fonte de recursos de seu PIB, exporta um número bastante restrito de produtos – os mais significativos são apenas dois – combustíveis, óleos e ceras minerais e pedras preciosas - os quais totalizaram US$28.147.000.000 CIF em 2007. A grande maioria de suas exportações resume-se, portanto, em combustíveis, óleos e ceras minerais, pérolas, pedras preciosas e moedas, conforme gráfico abaixo.


Fonte: BrazilTradeNet com base em dados do UNCTAD/ITC / Comtrade

Suas importações totalizaram US$ 12.964.000.000 CIF em 2007 tendo como maiores exportadores Portugal, Estados Unidos, China, Brasil, África do Sul, França, Reino Unido, Alemanha, Países Baixos e Bélgica, que foram responsáveis por cerca de 80% de seu fornecimento.


Fonte: BrazilTradeNet com base em dados do UNCTAD/ITC / Comtrade

Seus principais produtos importados foram, em 2006, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, embarcações e estruturas flutuantes, veículos automóveis, tratores e ciclos, aeronaves e aparelhos espaciais, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, obras de ferro fundido, ferro ou aço, bebidas, líquidos alcoólicos e vinagre, carnes e miudezas, comestíveis, e móveis, mobiliário médico - cirúrgico,colchões, que totalizaram US$ 9.544.000.000 FOB.
No rank mundial dos importadores Angola ocupa a 82 ª posição de acordo com estimativas da CIA para 2008.
 


Fonte: BrazilTradeNet com base em dados do UNCTAD/ITC/Comtrade

Relações Comerciais Brasil - Angola
O intercâmbio comercial entre Brasil e Angola em 2008 envolveu exportações de US$ 1.974.575.752 e Importações de US$ 2.240.263.807, resultando em um saldo comercial negativo de - US$265.688.055 e uma corrente de comércio de US$ 4.214.839.559, conforme a Balança Comercial Brasil – Angola abaixo.

Fonte: Aliceweb

O Brasil exportou US$1.974.575.752 FOB para Angola em 2008, em uma pauta bastante diversificada de produtos. Destacaram-se chassis c/motor diesel e cabina, carga>20t, outs. açúcares de cana, beterraba, sacarose quim.pura,sol. , tratores rodoviários p/semi-reboques, outras gasolinas, carnes desossadas de bovino,congeladas, outros moveis de madeira, outros reboques e semi-reboques p/transp. de mercadorias e carnes de galos/galinhas,n/cortadas em pedaços, congel. 
Ressalta-se que os principais produtos aqui arrolados abrangem apenas 25% de nossas exportações para aquele país, sendo uma enorme gama de demais produtos pouco significativos em termos percentuais.


Fonte: MDIC

Já nas exportações de Angola para o Brasil – US$ 2.240.263.807 FOB em 2008 - merece  destaque os óleos brutos de petróleo que totalizam mais de 97% dos produtos exportados.


Fonte: MDIC

 


Fonte: Aliceweb

 


Fonte: Aliceweb

Breves Informações Políticas
Angola possui quatro importantes partidos políticos o Movimento Popular de Libertação de Angola – MPLA - que teve 81.6% dos votos dos eleitores e é o atual partido no poder com o Presidente Jose Eduardo dos Santos (desde 21 de setembro de 1979). Os demais são a União Nacional de Angola – UNITA - , o Partido renovador Social – PRS - e a Frente nacional de Libertação de Angola – FNLA.
O presidente Santos acumula o cargo de Primeiro Ministro. Os representantes das Pastas Ministeriais são de sua escolha.
As eleições são universais através do voto direto e possuem uma periodicidade de 5 anos, com direito a reeleição.
O Legislativo é formado por uma assembleia composta por 220 membros eleitos diretamente pela população.

Os Brasileiros em Angola
A aproximação entre os angolanos e os brasileiros é muito bem vinda: além de termos Portugal como colonizador, temos o mesmo idioma e uma identificação muito grande no aspecto “amigável”.
Nas principais cidades é possível encontrar um povo alegre, de belos sorrisos, receptivo, que gosta de dançar e tem especial atenção para com os brasileiros. Pode-se conhecer ainda representantes legítimos de grupos étnicos que conservam suas tradições originais, como os mucubais (província do Namibe, sudoeste do país), os cuanhamas (Cunene, no sul) e mumuílas (Huíla, sul).
O negociador vai perceber também que a cultura brasileira é muito consumida entre os angolanos, principalmente a música, novelas, literatura e futebol.
Os portugueses deixaram suas marcas, com destaque para o sotaque e a arquitetura colonial, tão conhecida dos brasileiros.

Como Negociar em Angola
As negociações são realizadas em um clima de informalidade o que não significa facilidade negocial. Sempre haverá a óbvia desconfiança inicial que se traduzem em grandes exigências iniciais. A medida que o exportador for gerando confiança em seus parceiros, as negociações ficam mais brandas.
Leve o maior número de informações possíveis de sua empresa e de seu produto – se tiver certificações será um facilitador - pois como os angolanos importam quase tudo o que consomem, há muitos ofertantes de todo o mundo e nossos exportadores necessitam se diferenciar através da inovação, de estratégias de marketing, etc. Folders e outros materiais impressos, que apresentem os números da empresa e as fotos do estabelecimento são muito bem aceitos. Se a empresa possui um DVD vá em frente.
Embora haja similaridades entre o idioma e a colonização, somos povos bastante distintos na forma de negociar – afinal a independência de Angola é recente como é recente o final da devastadora guerra civil em 2002. A natural imaturidade em negociar tem um viés de insegurança. Portanto temos que observar alguns requisitos fundamentais para conquistarmos a confiança de nossos interlocutores:
- Uso de terno, de preferência discreta mas com boa apresentação é muito importante: o negociador se sentirá prestigiado. Para a mulher um taier, terninho ou um vestido básico são ótimas formas de trajar. Portanto, esqueça os bons e velhos jeans e as camisetas T- shirt;
- As apresentações são informais e simpáticas e é o momento ideal para a troca de cartões (com o máximo de informações possíveis);
- Deixe clara sua intenção e apresente as informações da proposta de negócio de forma isolada, por partes e de forma tranqüila;
- A prática de pechinchar é comum em negociações. Leve o preço de seu (s) produto (s) em moeda local, o Kwanza bem como em Dólar, mas deixe uma margem para possíveis descontos;
- O negociador vai perceber também que a cultura brasileira é muito consumida entre os angolanos, principalmente a música, novelas, literatura e futebol – utilize estes requisitos em momento adequado: tenha certeza que ganha pontos no quesito simpatia. Por outro lado busque informações sobre Angola – o desconhecimento é constrangedor e, tenha certeza, você perderá pontos, e
- Se a negociação for bem sucedida prepare-se para os aspectos burocráticos: por diversas vezes poderá ter de enfrentar um ambiente com regulamentações confusas e uma intrincada máquina governamental. Manter a tranqüilidade é fundamental pois sempre há perspectivas de negócios em um país altamente importador.
No mais, Angola está de braços abertos para negociações. Bons negócios!

Notícias recentes
O que se passa com a economia? Artigo de João Melo*

O que muita gente teme é que esteja de volta a tese do “excesso de liquidez” da economia e a pretensão de resolver isso com medidas administrativas.
Contrariando as previsões de importantes organismos internacionais – o FMI, a OCDE, o BAD -, o ministro angolano da Economia, Manuel Júnior, tem insistido que, este ano, a economia nacional vai continuar a crescer, embora mais moderamente do que nos últimos anos. Mas, neste momento, muita gente receia que as medidas tomadas nas últimas semanas pela nova equipa económica não ajudem a criar as condições necessárias para que isso realmente aconteça, antes pelo contrário.
Tais medidas - em que avultam o aumento das reservas obrigatórias dos bancos comerciais para 30 por cento, não apenas em kwanzas, mas também em divisas, com a agravante dessas reservas não serem remuneradas; a limitação de aquisição de divisas pelas empresas e indivíduos; e a redução da remuneração das aplicações em kwanzas – são abertamente restritivas.

Nesse sentido, estão na contramão da estratégia da generalidade dos países, inclusive africanos, para enfrentar a actual crise global, ou seja, injectar dinheiro na economia, reduzir os juros e tomar outras medidas para tentarem evitar a recessão económica e os nefastos efeitos sociais que a acompanham.
A justificação imediata para essas medidas é que terá havido, nos primeiros meses deste ano, um “ataque especulativo” às reservas nacionais, que tiveram uma baixa importante de Novembro de 2008 para cá.
Alguns bancos terão sido responsáveis pela procura anormal de divisas nesse período. Certas fontes vão mais longe: os accionistas (angolanos) desses bancos terão corrido a transformar em dólares os seus activos em kwanzas, talvez com receio de uma eventual desvalorização da moeda nacional, o que provocou uma procura incomum de divisas por parte de outros sectores.
O receio de muitos é que o doente se arrisque a morrer da cura. Apenas para mencionar uma consequência das recentes medidas da equipa económica, e conforme já alertaram os bancos locais, as mesmas poderão limitar grandemente a capacidade destes últimos de continuarem a conceder créditos à economia, inviabilizando projectos já em curso e impedindo novos empreendimentos. Se assim acontecer, as referidas medidas serão um tiro de canhão sobre a anunciada pretensão de diversificar a economia nacional.

É bom lembrar que o extraordinário crescimento da economia angolana nos últimos anos ficou a dever-se, basicamente, a três factores: as receitas petrolíferas, os investimentos públicos realizados pelo governo e os investimentos privados. As primeiras, como se sabe, tiveram uma redução dramática, enquanto os segundos estão a ser ajustados, devendo sofrer um abrandamento ligeiro (comparados com o nível de execução efectiva dos investimentos e não com a sua previsão), mas, assim mesmo, importante. Resta o investimento privado, para atentuar as perdas em termos de receitas petrolíferas, bem como a diminuição dos investimentos públicos, e, desse modo, assegurar a continuidade do crescimento económico do país.
Filosoficamente, o governo parecia claro em relação à necessidade de estimular o investimento privado não-petrolífero, como medida fundamental para mitigar os efeitos locais da actual crise que assola o mundo. Para muita gente, as últimas medidas da equipa económica levantam dúvidas sérias a esse respeito.
Além dos riscos já mencionados, os críticos chamam também a atenção para a quebra de confiança que as mesmas podem provocar junto dos investidores nacionais e estrangeiros. Esse é o pior sinal que os decisores económicos podem deixar transparecer.

O que muita gente teme é que esteja de volta a tese do “excesso de liquidez” da economia e a pretensão de resolver isso com medidas administrativas. Um sinal inquietante, para muitos observadores económicos, é a falta de pagamento às empresas, por parte do Estado, de serviços e obras orçamentadas ou os atrasos no pagamento das remunerações dos funcionários e trabalhadores. O país já viu esse filme, há dez anos, e não deu certo.
A não ser que haja alguma coisa mais, bastaria, aparentemente, um pouco de senso comum: se houve actores que realizaram qualquer “ataque especulativo” às reservas nacionais, deveriam ter sido exemplarmente punidos (esse é o papel da supervisão bancária), mas não tomar medidas gerais, com o risco evidente de colocar a economia nacional numa camisa de forças, com todas as consequências daí resultantes.
A verdade é que as reservas actuais são suficientes para cerca de nove meses de importações, o que é um nível excelente. Fontes próximas do governo com quem conversei garantem que este aperto é temporário. As próximas semanas serão, pois, decisivas.
*João Melo, jornalista e escritor angolano, assina coluna no Jornal de Angola
Publicado no Portal Áfica21 em 19/05/2009

HOTELARIA - Empresas brasileiras vão construir hotéis em Angola
O programa para a construção das quatro infra-estruturas hoteleiras está avaliado em mais de US$ 100 milhões de dólares.
As construtoras brasileiras "Sequência" e "OAS" vão construir, em quatro cidades de Angola, igual número de hotéis, na base de uma técnica rápida de armadura de aço, a fim de apoiar o país na oferta de quartos na oportunidade da realização Campeonato Africano das Nações - CAN-2010, informou, em Luanda, uma fonte ligada ao projeto.
De acordo com o administrador da "Construtora Sequencia Lda", Renato Navarro, que integrou a comitiva do ministro brasileiro do turismo, as referidas estruturas serão edificadas nas quatro cidades que vão acolher o CAN a partir de Janeiro de 2010, estando projetado o primeiro hotel para a cidade de Lobito, na província de Benguela.
O hotel terá 180 quartos e será construído numa área de 12 mil metros quadrados até antes do início do Campeonato, em Janeiro de 2010. O programa para a construção das quatro infra-estruturas hoteleiras está avaliado em mais de US$ 100 milhões de dólares.
Segundo Renato Navarro, cuja empresa pretende se instalar em Angola nos próximos três a quatro meses, os pormenores dos hotéis a serem construídos em Cabinda, Luanda e Huíla ainda serão definidos. As informações são da Angop.
Publicado no Portal África21 em 22/04/2009.

Angola resiste e anima indústria brasileira / Raquel Landim
Quase uma centena de empresários não desgrudava os olhos de uma apresentação sobre Angola ontem em São Paulo. Funcionários do governo explicaram o posicionamento dos concorrentes e as oportunidades para o Brasil.
Na terça-feira, a cena foi a mesma em Florianópolis com 75 empresários. Hoje é a vez de Recife.
Qual é a explicação para o interesse por um mercado na África, que reúne apenas 16 milhões de pessoas? A resposta é simples: o ritmo das vendas brasileiras para Angola, por enquanto, resiste à crise - um milagre em meio à queda de 30% nas exportações de manufaturados no primeiro trimestre.
Um levantamento da Agência de Promoção de exportações (Apex) apontou que as exportações para Angola cresceram 54% entre outubro de 2008, quando a crise começou, e fevereiro de 2009. O ritmo foi o mesmo de outubro de 2007 a fevereiro de 2008. Em ambos os casos, a comparação é com igual período um ano antes.
Em outros mercados, maiores e mais importantes para o Brasil, o cenário é bem mais complicado. Para a Argentina, as exportações caíram 23% entre outubro de 2008 e fevereiro de 2009 com relação aos 12 meses anteriores, contra alta de 39% entre outubro de 2007 e fevereiro de 2008.

Angola é uma grande oportunidade, porque as exportações ainda não sentiram os efeito da crise, disse Adalberto Schiehll, coordenador de projeto da Apex, que pretende reunir 55 empresas para expor em uma feira em Luanda, capital de Angola, em julho. Ele frisa o ainda, porque o país perdeu poder de compra com a queda dos preços do petróleo, que responde por 90% de suas exportações.
Em meio a reconstrução com o fim da guerra civil em 2002, a economia de Angola cresceu 16% no ano passado. O Brasil é o quarto maior fornecedor do país, que importa quase tudo que consome. Segundo Ulisses Pimentel, analista da Apex, alguns fatores beneficiaram os produtos brasileiros: a presença de construtoras como Odebrecht e Camargo Correa, boas relações políticas, o mesmo idioma e até o sucesso das novelas.
A demanda é tão grande que, se vencermos uma concorrência, vai valer a pena, disse Arlete Canassa, gerente de exportação da Cadioli, que produz ferramentas manuais e implementos para a agricultura familiar. Ela visitou o país no fim de 2008 e participou de licitações, mas perdeu para os chineses. Com a desvalorização do dólar, temos mais chances esse ano.

Jaime Weiss, gerente de exportação da Quimis, que vende aparelhos científicos como balanças e medidores, também quer incrementar as vendas para Angola. Ele relata que ainda é um mercado difícil, por conta da logística pouco desenvolvida e do alto custo de diárias de hotéis e outras despesas.
Mais de 80% das vendas brasileiras para Angola são produtos manufaturados, com destaque para veículos, tratores e autopeças, que respondem por 20% das vendas brasileiras, e máquinas e motores, com outros 15%. Pimentel, da Apex, explica que pode ser mais fácil para os brasileiros ganhar espaço em Angola porque seus produtos já são conhecidos, mas ainda não estão consolidados.
É o caso de calçados ou cerâmica. O Brasil responde por 14% das importações de calçados de Angola, mas enquanto a concorrência elevou em 40% as vendas em média por ano entre 2002 e 2007, o país exportou 62% mais. Em cerâmica, a fatia do Brasil é de 16%, mas suas vendas subiram 80% no período, contra 34% da concorrência.
Publicado no Valor Econômico em 02/04/2009

Governo de Angola cria estímulo para fixação de indústrias no país
Já existem unidades fabris nos pólos da Catumbela, Viana e de Bom Jesus, os quais, apesar do interesse de empreendedores em se instalar nessas zonas industriais, já não existem mais espaços.
O Governo angolano está preparando condições para servir de estímulo à fixação de empresários nos pólos industriais do país e reativação dos parques industriais, consubstanciadas na criação de condomínios industriais, informou, em Luanda, o vice-ministro da Indústria, Kiala Ngone Gabriel.
Em declarações à imprensa, durante visita à empresa “Vitrum”, o ministro disse já haver unidades fabris nos pólos da Catumbela, Viana e de Bom Jesus, onde, apesar do interesse de empreendedores em se instalar nessas zonas industriais, já não existem mais espaços.
De acordo com Kiala Gabriel, os pólos de desenvolvimento industrial de Angola são parte de um programa executivo do Governo, parte do plano nacional já aprovado, e neste momento em implementação, com a criação de condições para o início de novos projetos ainda este ano.
No entanto, o ministro acrescentou que os benefícios deste setor começarão a ser usufruídos dentro de um período de quatro anos, embora existam muitos interesses de empreendedores estrangeiros em investir nessas áreas como provam os pedidos
que se encontram em posse do Instituto de Desenvolvimento Industrial de Angola (IDA).
Segundo a Angop, em relação ao surgimento da fábrica de transformação de vidro no mercado angolano, Kiala Gabriel considerou positivo, porquanto vem contribuir para o programa do Governo que visa melhorar a oferta em termos materiais de construção e, fundamentalmente, de habitação.
Considerou benéfico o empreendimento porque oferecerá aos cidadãos novas alternativas para mobiliar as suas residências, principalmente depois de transferida a fábrica para o município de Catete, na província do Bengo.
Publicado no Portal África21 em 12/04/2009.

Economia angolana registra crescimento de 92,4 por cento em quatro anos
O país tem registado nos últimos anos taxas de inflação próximas dos 10 por cento, nomeadamente 12,2 por cento em 2006, 11,79 por cento em 2007 e 12,8 em 2008.
O ministro angolano da Economia, Manuel Nunes Júnior, afirmou, segunda-feira (30), em Luanda, que a economia do país apresentou uma taxa média de crescimento de 9,6 porcento, no período de 1989 a 2007, e registou um crescimento de 92,4 porcento em termos reais no período de 2004 a 2007.
Manuel Júnior, que discursava na abertura do Fórum Económico-Empresarial Angola-Países Baixos, considerou, por isso, que a economia angolana está entre as que mais crescem no mundo, com a consolidação da estabilidade política.
De acordo com o ministro, os resultados mostram que em apenas quatro anos “quase que duplicou o Produto Interno Bruto (PIB), o que é assinalável, já que corresponde a uma taxa média anual de crescimento real de aproximadamente 17,8 porcento”,
Referiu, por outro lado, que Angola tem garantido a reconstrução nacional e, ao mesmo tempo, dado “passos seguros” no sentido da estabilidade macroeconómica e do estabelecimento das bases para um desenvolvimento económico “robusto”.
“A estabilidade política e os investimentos na reabilitação e modernização das infra-estruturas produtivas e sociais têm conduzido a uma maior circulação de mercadorias e pessoas, ao aumento do investimento privado nacional e estrangeiro e a alterações estruturais fundamentais na economia”, sublinhou.
Assinalando os resultados da diversificação da economia angolana, Manuel Júnior disse aos empresários holandeses que desde 2006, o “PIB não petrolífero tem crescido a um ritmo superior ao do sector petrolífero, o que constitui um sinal positivo”.

O ministro referiu também que a moeda nacional (Kwanza) tem-se mantido estável, exercendo com mais efectividade o seu papel de meio de troca e reserva de valor.
“Depois do período de hiper inflação, em que atingiu-se, em 1996, uma taxa acumulada de três mil porcento, o país tem registado nos últimos anos taxas de inflação próximas dos 10 porcento, nomeadamente 12,2 porcento em 2006, 11,79 porcento em 2007 e 12,8 em 2008”, apontou.
O ministro da Economia reafirmou que, embora com abrandamento devido a crise financeira internacional, a economia angolana vai continuar a crescer, em 2009, num ambiente de estabilidade e com uma taxa acima de três porcento (taxa de crescimento da população).
Em seu entender, o crescimento é fundamental para que Angola prossiga com os seus programas de combate à pobreza e à miséria, desenvolva os principais projectos de reabilitação de infra-estruturas e fomente a actividade produtiva e as reformas institucionais.
Publicado em África21 com informações da Angop em Angola 31/03/2009

Endereços e informações úteis
Embaixada de Angola em Brasília

Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário : SE Sr. Alberto Correia Neto
Endereço:SHIS – QL 06, Conjunto 05, casa 01 - CEP: 71620-055 - Brasília / DF
Telefones: (061) 3248-4489; 3248-2915; 3364-3089; 3364-5826; 3364-5851
Fax: (061) 3248-1567; 3364-0693
Site: www.angola.org.br
E-mail: emb.angola@tecnolink.com.br
Expediente: segunda a sexta-feira - 9:00 - 15:30h

Setor Consular da Embaixada
Endereço: SHIS - QI 7, Conj. 11 - Casa 9 - CEP 71625-160 - Brasília - DF
Tel: (0xx61) 3248-4489 / 2915 - fax.(0xx61) 3248-1567
E-mail: angola@mymail.com.br

Consulado Geral da República de Angola no Rio de Janeiro
Endereço: Av. Rio Branco, 311, 2o Andar - CEP 20040-009 - Rio de Janeiro - RJ
Tel: (0xx21) 2220-9439 - fax: (0xx21) 2220-8063
E-mail: consuladodeangola@radnet.com.br
Site: www.radnet.com.br

Embaixada do Brasil em Luanda
Embaixador: Marcelo Leonardo da Silva Vasconcelos
Endereço:Avenida Presidente Houari Boumedienne nr. 132
Cidade: Miramar – Luanda – Angola
Telefones: (002442) 44 47 59/ 40 20 10/ 44 13 07
Fax : (002442) 44 49 13
E-mail : emb.bras1@ebonet.net
Site: http://homepage.mac.com

Setor Consular da Embaixada
Telefone: (2442) 224 -871 /442 – 2010
Fax: (3442) 44 – 4913
E-mail: emb.bras2@ebonet.net

Setor de Promoção Comercial (Secom) da Embaixada do Brasil em Luanda
Endereço: Av. Presidente Houari Bouedienne, 132
Código postal: 5428
Cidade: Miramar - Luanda
Telefone: +244 222 442 010
Fax: +244 222 444 913
E-mail: secom.luanda@braziltradenet.gov.br
Chefe: José Renato Ruy Ferreira

Câmara de Comércio Afro-Brasileira
Endereço: Rua XV de Novembro, 200 - 11º andar
Complemento: Cj. C - Centro
Código postal: 01013000
Cidade: São Paulo

Representação do Banco do Brasil em Luanda
Endereço – Rua Engrásia Fragoso, 61 Primeiro Andar
Representante: Márcio Luís Jordão Carneiro da Silva
Tel: +244-9123 40351
E-mail: luanda@bb.com.br ou jordão@bb.com.br

Ministério da Indústria de Angola
Endereço:Rua Sequeira Lukoki, 25
Luanda, Angola
Telefone: +244 222 332 971
E-mail: geral@mind.gov.ao
Site: www.mind.gov.ao

Feiras em Angola
Empresa: Fil S. A. – Feira internacional de Uganda
Tel: 265 893 412 / 265 893 413 / 265 809 394
Fax: 265 809 399 / 265 809 594
E-mail: geral@filda.com.pt
Site: www.filda.com.pt

Links de interesse em Angola
Governo da República de Angola - www.angola-portal.ao
Câmara de Comércio e Indústria de Angola - www.ccia.ebonet.net
Agência Nacional de Investimento Privado - ANIP - www.investinangola.org
Instituto de Desenvolvimento Industrial de Angola - INDIA - www.sistec.netangola.com
Angola National Private Investment Agency - www.iie-angola-us.org
CAE - Centro de Apoio Empresarial - www.caeangola.com
DNC - Direção Nacional do Comércio de Angola - www.dnci.net

Links para pesquisa
Alice Web - www.alicewb.desenvolvimento.gov.br
Apex Brasil - www.apexbrasil.com.br
Banco Mundial - www.worldbank.org
Banco Nacional de Angola - www.bna.ao
Central Intelligent Agency - CIA - www.cia.gov
Economist intelligent unit - www.eiu.com
Fundo Monetário Internacional - FMI - www.imf.org

Fontes Consultadas
África 21 - portal e revista - www.africa21digital.com
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos
Angola Press - ANGOP - www.portalangop.co.ao
Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA)
Central Intelligent Agency - CIA
Banco Mundial
BrazilianTradeNet
Portal Global21
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio xterior
Ministério de Economia de Angola
Organização das Nações Unidas - ONU
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
The Economist Intelligence Unit (EIU)
Valor Econômico

Última atualização: agosto/2010

Informações do http://www.global21.com.br/guiadoexportador/angola.asp

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