segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Dilma confirma Aeroporto de São Gonçalo

Desde quando Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma já demonstrava especial interesse em ajudar ao Rio Grande do Norte. Alguma empatia ou atenção especial decorrente de uma primeira visita que ela nos fez, ainda quando Ministra das Minas e Energia, recebida com muita habilidade pela então governadora Wilma e acompanhada pela então Assessora de Ministério 'Graça Foster', hoje Diretora de Gás e Energia da Petrobras, que já morou e trabalhou em nosso Estado, nos anos 90, tendo sido uma das responsáveis pela implantação do pólo de Guamaré.

Na ocasião, Graça derramou-se em elogios ao RN - a mesma coisa que fez, depois, em reuniões iniciais do PAC, de que participei, quando interviu em minha fala no evento, corroborando o que eu dizia sobre nossas potencialidades, demonstrando grande conhecimento e entusiasmo pelo RN.

Wilma esmerou-se em mostrar nossa força e pujança potencial e foi profícua ao afirmar: "Ministra, nosso Estado precisa de apoio para agregar uma nova vocação econômica natural à sua diversidade de opções: a vocação logística: Primeiro, pela nossa localização geográfica. Somos esquina do continente e somos ponto estratégico de proximidade para os continentes europeu e norte-americano. Precisamos de infra-estrutura para explorar isto. É vital para o desenvolvimento do Estado. É importante para o Nordeste. É bom para o Brasil".

Dilma comprou a briga pelo RN e, a partir daí, passou a nos defender de maneira impressionante em todas as lutas que viriam: ZPE, Refinaria Clara Camarão, Duplicação da BR 101 e outras obras do PAC, energia eólica e... Aeroporto.

Agora, já nas primeiras horas como Presidenta, vem notícias como a transcrita abaixo (Josias de Souza) de que o modelo de construção do nosso Aeroporto - o da concessão - deverá ser adotado para todo o País. Medida, aliás, elogiada pela imprensa mais crítica ao governo.

Regozijo-me por ter feito minha parte, dado minha humilde colaboração para a estruturação deste modelo. O fiz como membro designado por Dilma para um grupo de trabalho da Casa Civil da Presidência que estudou a melhor opção e deliberou pelo caminho que, a partir do projeto do nosso RN, virará modelo nacional. E olhe que enfrentamos barreiras, como a oposição velada de setores militares - sob a tese de que aeroportos são equipamentos estratégicos para a segurança nacional e, tê-los sob domínio e controle privados, pode ser inadequado em situações de conflito - imagina...

Bom... Os fatos e os resultados falam por si.

 

(...)

Empossada, a sucessora de Lula prepara um plano para privatizar os principais terminais de aeroportos do país.

Os repórteres Valdo Cruz e Ana Flor informam: sob Dilma, o governo confiará à iniciativa privada a construção e a operação de aeroportos.

Entre eles os novos terminais de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo. A coisa virá por medida provisória, provavelmente ainda em janeiro.

O texto deve incluir a abertura do capital da Infraero, estatal aeroportuária, e a criação de uma nova pasta para cuidar da aviação civil.

Será uma secretaria, pendurada no organograma da Presidência da República. O titular terá status de ministro.

Vai incorporar repartições hoje vinculadas à pasta da Defesa, que gere o setor. Coisa já acertada com o ministro Nelson Jobim.

Operadores de Dilma já contactaram companhias como TAM e a Gol, interessadas em construir e operar novos terminais.

A ideia é que o governo delegue a exploração do negócio a mãos privadas por meio de contratos de concessão. A vigência deve ser de 20 anos.

A providência é tão útil quanto inevitável. Os aeroportos estão saturados. E o governo não dispõe de caixa para desafogá-los.

Não resta senão recorrer à iniciativa privada. Obviamente, Dilma será acusada de ter esgrimido na campanha a empulhação do antiprivatismo.

Porém, chegou a hora de aplicar ao lero-lero hipócrita dos palanques a lógica que guia os peladeiros: treino é treino, jogo é jogo.

(Josias de Souza)

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