sexta-feira, 30 de abril de 2010

Desemprego tem a menor taxa para março desde 1998




Autor(es): Fernando Taquari, de São Paulo
Valor Econômico - 29/04/2010

A taxa de desemprego no país ficou em 13,7% em março, ante 13% em fevereiro, segundo pesquisa da Fundação Seade e Dieese. Apesar da alta, é a menor taxa para o mês desde 1998. Em março de 2009, era de 15,1%.

A taxa média de desemprego nas seis regiões metropolitanas do país passou de 13% em fevereiro para 13,7% em março, conforme a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) feita pelo Dieese em parceria com a Fundação Seade.
Apesar de manter a tendência de alta, trata-se da menor taxa para o mês de março desde 1998. O índice, que subiu em todas as seis regiões, equivale a um contingente de 2,767 milhões de desempregados, 149 mil a mais do que o apurado em fevereiro.
Para Sérgio Mendonça, supervisor técnico do Dieese, os números são positivos e vieram dentro da expectativa, considerando que o começo do ano quase sempre registra um crescimento na taxa de desemprego depois de um tradicional aquecimento da economia brasileira no segundo semestre.
"Mesmo com o aumento do desemprego, continuo com uma visão otimista. A situação melhorou e estamos em patamares menores quando comparados com outros anos. Tudo leva a crer que será assim ao longo de 2010. Teremos um bom ano para mercado de trabalho", avaliou Mendonça, que espera que a taxa de desemprego volte a cair a partir de maio.
Os maiores avanços no desemprego no mês passado foram registrados nas cidades de Salvador e São Paulo. Nelas, as taxas, na comparação mensal, passaram de 18,8% para 19,9% e de 12,2% para 13,1%, respectivamente.
Já no Distrito Federal e Belo Horizonte, o aumento foi menos intenso. No Distrito Federal, a taxa saltou de 14,1% para 14,7%, enquanto na capital mineira o indicador saiu de 9,7% para 10,2%. Em Porto Alegre (9,6% para 9,8%) e Recife (19% para 19,3%), por sua vez, o índice teve uma leve oscilação para cima.
O nível de ocupação, em março, recuou 0,8% nas seis regiões pesquisadas, com a eliminação de 137 mil postos de trabalho. O total de ocupados foi estimado em 17,423 milhões para uma População Economicamente Ativa (PEA) de 20,190 milhões.
No recorte por setores, o nível ocupacional recuou em serviços, que cortou 115 mil vagas, no comércio, que eliminou outros 55 mil postos e no agregado de outros setores, que acabou com 19 mil empregos. Por outro lado, a indústria abriu 31 mil vagas e a construção civil outras 21 mil.
O rendimento médio real dos ocupados no país, em fevereiro, ficou praticamente estável, em R$ 1.274. No caso dos assalariados, houve uma queda de 0,7%, para R$ 1.340.




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